Por que você está aqui? E por que eu estou aqui.

Meu nome é Sumika Mori, e sou médica geriatra, especialista em geriatria e fragilidade. O motivo da sua leitura deve ser porque algo relacionado ao envelhecimento – em você ou em alguém que você ama muito – está te fazendo buscar informações. Pode ser por curiosidade, por prevenção, por preocupação ou por necessidade de ajuda. Seja qual for o seu caso, aqui você encontrará materiais com base na geriatria contemporânea, pensados para serem úteis e práticos. Espero poder te ajudar no que for mais importante neste momento.

Cuidar de uma pessoa idosa é desafiador. Às vezes, pode ser exigente e até exaustivo. Mas, em medidas que não conseguimos prever — e tampouco são constantes — há também beleza, gratidão, satisfação e descobertas.

Cuidar de um idoso nem sempre é o mesmo que cuidar do envelhecimento. Envelhecer é um processo que todos vivemos, mesmo sem querer, desde os 30 anos de idade. Nosso corpo segue uma programação biológica que não podemos pausar.

É por isso que a geriatria existe — para nos ajudar a lidar melhor com esse processo, seja com estratégias de prevenção, diagnóstico precoce ou tratamentos que respeitem o tempo e a história de cada um.

Também te conto que sou geriatra especialista em fragilidade, uma área dentro da geriatria onde tudo o que temos como profissionais e como seres humanos deve ser mobilizado para transformar uma condição vulnerável em uma oportunidade de recuperação.

Mas o que é a fragilidade? Intuitivamente, você já sabe: é algo que pode quebrar a qualquer momento. Na medicina, o termo passou a ser usado na década de 70 para descrever idosos adoecidos, desassistidos e dependentes. Desde então, a geriatria se aprofundou no tema, e hoje falamos de um diagnóstico chamado síndrome de fragilidade, que só em 2021 foi tema de mais de três mil publicações científicas no mundo inteiro.

Envelhecendo estamos todos. Já mencionei. E frágeis (no sentido científico) todos seremos, não se preocupe. Se Deus quiser, por poucuíssimo tempo e porque nossa vida terá valido a pena — quando estivermos bem, bem, bem velhinhos.

Mas é verdade também que a fragilidade pode chegar antes da hora. E aí, em vez de a vida estar valendo a pena, ela pode estar sendo penosa.

Nesse contínuo onde envelhecer nos leva a ser vivos e velhos — porque pra ser velho é preciso estar vivo, em todos os sentidos — eu te convido a acompanhar este blog. Vamos falar sobre geriatria, envelhecimento, fragilidade e velhice com profundidade e acolhimento.

Quero compartilhar aqui histórias reais, reflexões pessoais e conteúdos baseados em evidências da geriatria atual, com o desejo de que tudo isso faça sentido para você também.

Ah, me conta por que você está aqui? Estou aqui por amor à geriatria e pelas pessoas que vivem esse tempo da vida — como paciente, como familiar ou como cuidador.

Com carinho daqui pra aí.